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todos os dias da minha
vida eu volto a apaixonar-me por ti.
faço-o com gosto.
e quero continuar,
assim,
dia após dia,
todos os dias da minha vida.
não te quero ver chorar.
quero-te perto de mim,
assim,
bem juntinhos.
quero-te junto a mim,
assim,
lado a lado,
a percorrer o mesmo caminho.
simplesmente,
quero-te,
para te poder AMAR.
hoje... não me apetece mandar-te mensagens.
hoje... não me apetece ligar-te.
hoje... quero estar nos teus braços.
quero segurar a tua mão.
quero sentir o teu respirar.
quero escutar o teu coração.
hoje... quero estar contigo.
por ti eu choro...
por ti eu morro...
por ti eu vivo...
sinto as lágrimas sobre o meu rosto.
sinto as lágrimas que me fazem morrer sozinho.
sinto a escuridão dentro de mim.
ninguém me entende...
eu não me entendo...
o tempo é vazio!
eu choro
mas ninguém vê o meu sofrimento.
eu morro
mas ninguém nota a minha falta.
eu vivo
para que tu vivas em mim.
estou caído
rastejo sobre o árido solo
procuro o inatingível
procuro quem transforme o meu inocente sonho
estou triste
velho cavaleiro atormentado nesta terra de ninguém.
vem
dá-me a tua mão
vamos juntos brindar ao fim.
e juntos caminhamos
lado a lado
até ao rito do sepultamento.
lá fora o povo indiferente,
está completamente perdido,
seguindo de mãos vazias,
por um caminho sem sentido.
sobre lençóis imaculados,
as oferendas da alegria,
numa noite tumultuosa,
que findou já era dia.
seu corpo sofre em loucura,
e de coração fora do peito,
doce exílio dos espíritos,
que no seu corpo vêem deleite.
tentando de corpo e alma,
vencer a trágica existência,
lá vai a megera indiferente.
são dois mundos tão diferentes,
que uma fina linha separa.
mergulho no vazio do abismo,
na solidão que se esconde nesta vida.
vagueio pelas sombras da noite
e tropeço no frio que irradia
das silhuetas de um novo dia.
procuro a esperança ao virar da esquina.
procuro na ilusão
esta minha condição
o desejo de recomeçar
a alegria de procurar
o que se esconde na avenida
neste destino incerto que é a vida.
abro os olhos, não o vejo.
o meu passado fugiu de mim...
impossível!
foi-me outrora tatuado,
na epiderme da minha existência.
é uma parte do meu todo!
sofro de dupla personalidade?
até agora controlei-me, não foi?
o passado não se esquece dizes tu...
digo-te eu...
nunca te vai largar... nunca!
penso...
rapidamente percebi o que devia ser feito!
vou matar aquilo que fui, o meu outro eu...
puumm
já está!!!
uma só bala...
uma só bala e tudo acabou.
e agora... quem sou eu agora?
um som
um telefone
um número que nada diz
toque
os dedos trémulos
“o-lá”, diz a medo
silêncio
ninguém . nada . vazio
desliga o telefone
sensação
não está só
o punhal mergulha no peito
respiração ofegante
tempo
libertação
hoje acordei no orvalho frio da minha existência.
perscrutei-te e não te senti em mim.
será que me abandonaste?
há muito que me questiono se algum dia percebeste o significado do que as minhas lágrimas não conseguem libertar.
sinto-me só.
espero que estas efémeras palavras, te tragam de novo à razão da nossa existência.
o teu eu!